A maior reserva indígena do Brasil, o Território Yanomami em Roraima, vive uma crise sanitária e de segurança alimentar sem precedentes.
Em números oficiais do Ministério da Saúde, cerca de 570 crianças yanomamis morreram por causas totalmente evitáveis, incluindo contaminação por mercúrio, malária, desnutrição e pneumonia, mas a Ministra dos Povos Indígenas, Sônia Guajajara, estima que este número de vítimas esteja subestimado. O avanço do garimpo e do desmatamento ilegais em terras indígenas vêm comprometendo as atividades de subsistência dos povos tradicionais como caça, pesca e a agricultura, prejudicadas pela poluição de rios e devastação de terras por eles legitimamente ocupadas. E ainda causando o impedimento de acesso das equipes de saúde a esta população. Tais agravos ao meio ambiente submetem a população indígena à situação de insegurança alimentar grave, além da violência física geralmente associada à invasão e exploração de seus territórios, o que já vinha sendo oficialmente denunciado por entidades/organizações sociais e por lideranças indígenas.
O INJC demonstra grande preocupação com a condição nutricional, de saúde e segurança dos povos originários, apoiando as atuais intervenções governamentais assistenciais de curto e médio prazo e as iniciativas da comunidade científica para garantir os direitos das comunidades indígenas em território nacional.